B.el Joaquim José da Silva
(c. 1730-?)
Nasceu em Évora c. 1730, filho de Manuel da Silva e de Antónia da Silva.
F. Miranda do Corvo?
Casou com D. Tereza Luiza Dorotêa de Mello (c. 1740-?), filha de Nuno Francisco (de Mello, provavelmente) e de D. Mariana Luiza da Trindade, de quem teve:
- Manuel Ignacio de Mello (1761-c. 1832)
- José Máximo da Silva e Mello (c. 1763-?)
- D. Maria Máxima da Silva e Mello (c. 1765?-?)
Foi Bacharel em Medicina pela Universidade de Coimbra.
Na época, em meados do séc. XVIII (ainda antes da Reforma Pombalina da Universidade), os estudos universitários apenas eram frequentados por um número muito reduzido de pessoas. Não tenho elementos sobre as origens sociais e económicas do Bacharel Joaquim José da Silva, mas o seu grau académico tornava-o, claramente, num membro de uma pequena elite.
Segundo uma tradição familiar, Joaquim José da Silva teve pretensões à mão de uma menina da melhor sociedade coimbrã, D. Tereza Luiza Dorotêa de Mello (mantenho a grafia da época porque acho que ajuda ao ambiente...). Não sei se o romance terá começado apenas depois de obtido o bacharelato, ou se teriam sido amores de estudante; o certo é que o grau académico não impediu que o pai de D. Tereza se tivesse oposto violentamente a uma união que ele entendia muito abaixo do nível social da sua filha.
Faltam-me elementos para confirmar a história, mas o que ouvi contar foi que D. Tereza Luiza fugiu de casa, eventualmente com episódios rocambolescos ou camilianos pelo meio, e acabou mesmo por casar com o seu bacharel, do qual teve pelo menos os três filhos que refiro acima. E nada nos impede de imaginar que foram felizes para sempre...