A origem do apelido Mello
Brasão da família Mello
De vermelho, com uma dobre-cruz de ouro, acompanhada de seis besantes de prata; e bordadura do segundo esmalte.
Timbre: Uma águia estendida de negro, besantada de prata.
A origem dos apelidos muito antigos está, quase sempre, envolta numa nuvem de mito e fantasia, e os nobiliários não hesitam em contar lendas e histórias mais ou menos claramente imaginárias para justificar o surgimento de um determinado apelido.
Em relação aos Mellos, o que se diz é que descendem de um determinado indivíduo que teria por alcunha o "Melro", segundo a seguir se transcreve da Enciclopédia Luso-Brasileira:
MELLO – Deriva este nome de uma alcunha e a família que o adoptou por apelido é da mais remota e nobre ascendência. Deriva ela, com efeito, de D. Soeiro Reimondes, o Merlo - ou Melro (contemporâneo dos reis D. Afonso III e D. Dinis) que era o chefe de linhagem dos «de Riba de Vizela» (donde provêm os Mello, os Sande e os Alvim) e, por esta via, da dos «da Maia».
Vindo para o Sul, fundou na Beira a Vila de Merlo, depois Melo, sendo dela Senhor, bem como de Gouveia.
Do seu casamento com D. Urraca Viegas, filha de D. Egas Gomes Barroso e de sua mulher D. Urraca Vasques de Ambia, teve descendência, na qual se fixaria o nome Melo. Mantém-se, na actualidade, o uso por parte de várias famílias, da grafia Mello.
Isto é o que dizem os nobiliários. Do ponto de vista histórico, levanta-se desde logo uma questão: existindo uma povoação de nome "Melo", no concelho de Gouveia, e sendo uma das formas mais usuais de adopção de apelidos na Idade Média o tomar o nome da povoação de origem, existirão certamente várias famílias Melo sem qualquer parentesco entre si, por descenderem de indivíduos provenientes "de Melo", como existem "de Bragança" sem terem nada a ver com os Duques.
Feita esta ressalva, os Melos ou Mellos estão bastante bem estudados do ponto de vista histórico e genealógico, nomeadamente na obra "Os Melo", de .......[1] Explica-se aí, de uma forma geral, que ..............
Sendo uma família antiga, e independentemente de poderem haver várias famílias Melo sem relação entre si, surgem ao longo dos séculos diversas alianças que dão origem a apelidos compostos de maior ou menor longevidade e notoriedade, como, por exemplo, os Mello Coutinho, os Mello Gouveia ou os Mello e Castro.
Nas "Arvores de costados de familias ilustres de Portugal"[2] referem-se vários Mello Coutinho, Coutinho Garrido e outros que podem, ou não, ser parentes dos Mello Garrido. Até ao momento, falta uma prova genealógica que permita entroncar D. Tereza Luiza Dorotêa de Melo nos Mellos mais antigos que se conhecem.