Jacinto Ignacio de Mello Garrido (pai)
(02/11/1817-17/04/1860)
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Fotografia de um desenho assinado por "V. Madeira/Lx. 1921", por sua vez cópia de um retrato de c. 1845. É a única imagem conhecida de Jacinto Ignacio de Mello Garrido (pai), e a mais antiga representação de um Mello Garrido. Colecção Luís Belard da Fonseca
Nasceu em Mértola a 02/11/1817, sendo aí baptizado a 02/12/1817, filho de Manuel Ignacio de Mello (1761-entre 1832 e 1851), Capitão-Mor de Mértola, e de sua 2ª mulher D. Antónia Maria Benedita de Vargas (1798-1851), casados a 03/02/1816.
Foi seu padrinho de baptismo o Juiz de Fora José de Abreu Carneiro e tocou com a coroa de N.ª S.rª da Conceição o Governador José Valente Mendes, o que mostra a importância social da família Mello Garrido naquele tempo em Mértola.
F. Mértola, na sua casa da Rua da Cadeia Velha, a 17/04/1860
Casou em Beja, na Igreja de S. João Baptista, a 27/2/1846 com D. Maria Luciana Lampreia Colaço de Vargas (c. 1828-19/2/1887), filha do Capitão Francisco Lampreia Vargas[1] (sep. Mértola 07/03/1847) e de sua 3ª mulher D. Maria Joaquina Colaço[2] (casados na Corte Gafo, Mértola, a 15/2/1821), de quem teve:
- Manuel, m. m., sep. 14/07/1848
- Dr. Manuel Inácio de Mello Garrido (I) (c. 1849-6/11/1882)
- Eduardo Frederico de Mello Garrido (II) (c. 1850-?)
- Jacinto Inácio de Melo Garrido (filho) (25/02/1859-20/05/1938)
Jacinto Ignacio de Mello Garrido (pai) foi Administrador do Concelho de Mértola (magistrado administrativo, uma espécie de Presidente da Câmara, a quem competia "executar as ordens, instruções e regulamentos transmitidos pelo governador civil do distrito; dirigir os trabalhos públicos efectuados nos limites do concelho e que não fossem pagos pela municipalidade; superintender e vigiar, diariamente, tudo o que respeitasse à polícia preventiva; inspeccionar as escolas públicas que não pertençam a estabelecimentos dotadas de superior especial; fiscalizar os lançamentos e cobranças das contribuições directas; recensear e elaborar o mapa da população; inspeccionar os pesos e medidas com vista à segurança e fidelidade do comércio.").
Era um homem particularmente culto. Lia e escrevia fluentemente em latim. Tenho três volumes que lhe pertenceram das "Ordenações Filipinas" abundantemente anotadas por ele.
[1] Filho de Bartolomeu Gonçalves Lampreia e de Catarina Maria; neto paterno de Manuel Gonçalves Lampreia e de Mariana Rodrigues, e materno de Gregório Martins e de Lourença Vargas (in António L. de T. C. Pestana de Vasconcelos, "Costados Alentejanos", vol. I, árvore nº 14)
[2] Filha de Bento Martins Colaço e de Maria de S. João Chanoca, ambos naturais da Corte Gafo, Mértola (in António L. de T. C. Pestana de Vasconcelos, "Costados Alentejanos", vol. I, árvore nº 14)