Mello Garrido



Quando somos novos não damos normalmente muita importância às histórias de família que os mais velhos contam e por vezes repetem incessantemente. Damos como garantido que eles estarão sempre ali, contando as mesmas coisas, revivendo as mesmas memórias, sem nos darmos conta da fragilidade de cada momento que ainda sobrevive nas suas recordações.

Mas cada pessoa que parte leva consigo uma enorme quantidade de memórias que se perdem para sempre, e essas memórias são irrecuperáveis e insubstituíveis. Quantas vezes, por isso, uma velha fotografia, a única imagem existente da tia-bisavó Balbina ou do trisavô Jacinto, deixa para sempre de ser uma pessoa, com um nome e uma história, e passa a ser, apenas, mais um retrato anónimo na gaveta funda do esquecimento...

Por outro lado, todos nós passamos normalmente por uma fase na vida, quando perdemos os nossos avós e pais, em que nos é penoso rever papéis e fotografias antigas pela saudade que nos trazem daqueles que nos deixaram; e, quase inevitavelmente, deixamos essas fotografias amarelecer dentro de um velho envelope, enquanto as recordações se vão esboroando lentamente.

Só mais tarde, quando abrimos por acaso uma caixa esquecida e de lá nos sorri alguém que nos amou, e a saudade que então sentimos já não nos deixa o coração a sangrar, mas de alguma forma nos reconforta e acarinha, é que nos apercebemos de que já não nos conseguimos lembrar de todas aquelas histórias antigas que agora nos parecem preciosas e irrecuperáveis.

A História e as histórias de uma família são um património comum de todos os seus membros. Preservar esse espólio para as futuras gerações deveria ser uma preocupação de todos; infelizmente, em cada família só costuma haver um maluco que se dá ao trabalho de coleccionar fotografias e papéis velhos, e que nos casos mais graves chega mesmo a ir às Conservatórias do Registo Civil pesquisar os parentes mais próximos e aos arquivos procurar os mais antigos nos Livros de Registo Paroquial; mas raramente essa informação é sistematizada e disponibilizada aos outros elementos da família.

Embora neste momento sinta que esse maluco sou eu, tenho a sorte de ter na minha família mais pessoas com o mesmo gosto pelo passado e pela História e que partilham deste sentimento do dever de transmitirmos um legado aos membros mais novos da família.

Não conheço nenhuma fonte escrita onde a genealogia dos Mello Garrido esteja tratada de forma completa e integrada, e os dados registados no GeneAll.net padecem de lacunas e graves incorrecções. Propus-me, assim, reunir todos os apontamentos que tenho, fruto principalmente de conversas tidas com a minha avó Luciana, e juntá-los aos elementos que fui descobrindo em diversas fontes ou que me foram sendo comunicados por outros familiares. E assim nasceu este site...

Na medida do tempo disponível, pretendo também publicar aqui grande parte das fotografias antigas de família que possuo, com um especial e compreensível destaque para aqueles que me estão mais próximos e dos quais, por essa razão, disponho de mais elementos.

Este tem, necessariamente, de ser um trabalho de colaboração. De resto, este site baseia-se exaustivamente no trabalho de compilação dos dados da família feito pela minha prima Tereza Almeida Neves, que sistematizou a informação existente e a actualizou com a informação das gerações mais recentes. Sem esse trabalho de pesquisa, e sem o estímulo da troca de e-mails tida com ela, este site provavelmente nunca teria surgido.

Está, agora, na altura de os outros primos meterem mãos à obra e construirem a sua parte neste site, com os seus dados pessoais e os daqueles que lhes são mais próximos. Cabe a cada um de vós rectificar os elementos que eu possa ter errados e completar este site, enviando-me informações e principalmente fotografias que me faltem, e colaborando da forma que entenderem nesta construção daquilo que pretende ser um património comum da nossa família e um legado para as novas gerações. Gostaria muito de dar um rosto a cada um dos Mello Garrido, tanto aos actuais como àqueles que já desapareceram. Está disponível para este fim um endereço de correio electrónico exclusivo:

familiamellogarrido@zonmail.pt

Posso não responder logo, posso demorar a incluir os vossos elementos no site, mas garanto que todas as informações serão tidas em conta e tratadas assim que me for possível.

Aguardo as vossas notícias e convido-vos a começar a visita por aqui:

Manuel Ignacio de Mello (1761-c. 1832)

Capitão-Mor de Mértola, tronco comum de todos os Mello Garrido


Um abraço grato do   

Luís Belard da Fonseca



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